A
condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo Tribunal Regional
Federal da 4ª Região (TRF-4) deixou o polêmico deputado federal Jair Bolsonaro
(PSC-RJ) mais perto do Palácio do Planalto. Pré-candidato à Presidência, o
parlamentar ocupa atualmente o segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto,
atrás apenas do líder petista. Caso eleito, o militar terá ao seu lado a
esposa, Michelle de Paula – como Michelle de Paula Firmo Reinaldo Bolsonaro
gosta de ser chamada. Nascida em Ceilândia, ela pode ser a primeira brasiliense
a ocupar o posto de primeira-dama do Brasil.
Os
dois se conheceram na Câmara dos Deputados, em 2007. Na época, Michelle era
secretária parlamentar na Casa, e Bolsonaro já cumpria o seu quinto mandato
como deputado federal. “Tudo começou quando nos vimos pela primeira vez, no
gabinete do Jair. Não demorou muito para termos a certeza de que queríamos
dividir uma vida a dois”, afirmou Michelle em entrevista a uma revista carioca,
anos depois.
Após
seis meses de namoro, o político a pediu em noivado e, passados mais 90 dias,
os dois casaram-se no civil, em novembro daquele mesmo ano. Michelle é mãe da
filha mais nova de Jair Bolsonaro, Laura, de 7 anos. O casal mora em um
condomínio de casas na orla da Barra da Tijuca, bairro nobre do Rio de Janeiro.
Casados
no civil desde 2007, os dois tiveram a cerimônia religiosa celebrada em 2013,
pelo pastor Silas Malafaia. Michelle frequentou durante anos a igreja do líder
religioso na Barra da Tijuca (RJ) Reprodução/Facebook
michelle
bolsonaro
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Após
estremecimento entre Bolsonaro e Malafaia, no ano passado, Michelle deixou a
Assembleia de Deus Vitória em Cristo (Advec), igreja do pastor
Reprodução/Facebook
Brasiliense,
Michelle de Paula tem 37 anos e mora no Rio de Janeiro, em um condomínio na
Barra da Tijuca Reprodução/Facebook
Michelle
Bolsonaro
Michelle
e Bolsonaro conheceram-se em 2007, quando ambos trabalhavam na Câmara dos
Deputados Reprodução/Facebook
Michelle
chegou a ocupar um posto no gabinete do deputado na Câmara, em setembro de
2007. Ela foi exonerada um ano depois, após o STF publicar uma súmula vedando a
contratação de parentes de até terceiro grau Reprodução/Facebook
Michelle
Bolsonaro
Casados
no civil desde 2007, os dois tiveram a cerimônia religiosa celebrada em 2013,
pelo pastor Silas Malafaia. Michelle frequentou durante anos a igreja do líder
religioso na Barra da Tijuca (RJ) Reprodução/Facebook
Michelle
de Paula tem 37 anos e mora no Rio de Janeiro, em um condomínio na Barra da
Tijuca Reprodução/Facebook
Michelle
Bolsonaro
Michelle
e Bolsonaro conheceram-se em 2007, quando ambos trabalhavam na Câmara dos
Deputados Reprodução/Facebook
Michelle
Bolsonaro
Michelle
chegou a ocupar um posto no gabinete do deputado na Câmara, em setembro de
2007. Ela foi exonerada um ano depois, após o STF publicar uma súmula vedando a
contratação de parentes de até terceiro grau Reprodução/Facebook
Michelle
trabalhou como funcionária da Câmara entre 2006 e 2008. No período, ocupou o
cargo de secretária parlamentar nos gabinetes dos ex-deputados Vanderlei Assis
(PP-SP) e Dr. Ubiali (PSB-SP). Em 2007, a esposa de Bolsonaro foi nomeada para
uma posição na liderança do PP – sigla do político carioca, na época –, na qual
permaneceu entre junho e setembro.
Em
18 de setembro de 2007, a funcionária foi nomeada para o gabinete de Bolsonaro,
também como secretária parlamentar. Contudo, a brasiliense acabou exonerada em
novembro de 2008, após uma súmula do Supremo Tribunal Federal (STF) emitida em
agosto daquele ano proibir a contratação de parentes de até terceiro grau.
Religião
Michelle
é evangélica e frequentou durante anos a sede da Assembleia de Deus Vitória em
Cristo (Advec), igreja fundada pelo pastor Silas Malafaia, na Barra da Tijuca.
Partiu dela o pedido para que Malafaia celebrasse seu casamento religioso com
Bolsonaro, em 21 de março de 2013. O dia foi escolhido por ser o aniversário do
parlamentar e a véspera da data de nascimento da noiva.
Desde
sua exoneração na Câmara, em 2008, Michelle tem se dedicado a atividades
voluntárias dentro da sua congregação religiosa. Na Assembleia de Deus Vitória
em Cristo, era conhecida entre os colegas por organizar eventos sociais e
comemorações, além de auxiliar no funcionamento da escola dominical.
No
entanto, a brasiliense começou a frequentar a Igreja Batista da Atitude, que
também mantém uma sede na Barra da Tijuca, a partir de 2017. O período coincide
com o distanciamento entre Bolsonaro e Malafaia. O líder religioso foi
indiciado pela Polícia Federal em dezembro de 2016, após ser investigado por
lavagem de dinheiro no âmbito da Operação Timóteo.
Na
época, segundo interlocutores, Malafaia teria procurado o deputado federal em
busca de ajuda. Bolsonaro, contudo, não teria interferido no andamento das
investigações da PF. Em retaliação, o pastor divulgou uma série de críticas ao
parlamentar em suas redes sociais, chegando a chamá-lo de “radical e desonesto
intelectualmente”, e passou a apoiar publicamente a candidatura do prefeito de
São Paulo, João Doria (PSDB), ao Palácio do Planalto.
Na
nova igreja, Michelle envolveu-se com a educação de surdos e mudos. A
brasiliense chegou a trabalhar, inclusive, com a tradução simultânea dos cultos
para a Língua Brasileira de Sinais (Libras). Em setembro de 2017, em uma das
raras aparições públicas ao lado da mulher, Bolsonaro divulgou um vídeo, na sua
página no Facebook, em homenagem ao Dia Nacional dos Surdos.
Perfil
discreto
Avessa
à mídia, Michelle mantém um perfil discreto ao lado de um dos homens mais
polêmicos do Brasil. Não é vista em campanhas eleitorais ou eventos
frequentados pelo marido, que geralmente aparece na companhia dos três filhos
políticos: o deputado federal Eduardo (PSC-SP), o deputado estadual Flávio
(PSC-RJ) e o vereador Carlos (PSC-RJ).
Um
dos poucos episódios em que Bolsonaro mencionou publicamente a esposa aconteceu
em 2011. Acusado de racismo após uma entrevista ao programa CQC, ele se
defendeu, afirmando ser casado com uma afrodescendente cujo pai atendia pelo
apelido de “Paulo Negão”.
Na
ocasião, a cantora Preta Gil perguntou ao deputado qual seria a reação dele
caso seu filho se apaixonasse por uma negra. Bolsonaro respondeu: “Preta, não
vou discutir promiscuidade com quem quer que seja. Eu não corro esse risco, e
meus filhos foram muito bem educados. E não viveram em ambiente como
lamentavelmente é o teu”.
Para
dissipar a polêmica, o deputado organizou uma entrevista com o cunhado, o
militar Diego Torres Dourado, irmão de Michelle por parte de pai. Questionado
por jornalistas se o político era preconceituoso, Diego negou. “Já estive
várias vezes com ele. Ele nunca foi preconceituoso, porque ele não é”, disse
sucintamente.
Campanha
eleitoral
Pré-candidato
à Presidência da República, Bolsonaro já iniciou peregrinação por diversas
capitais do país e deve intensificar a campanha a partir de agosto, com o
início da propaganda eleitoral. Aliados do deputado federal afirmam, contudo,
que a tendência é Michelle ocupar um papel tímido durante a corrida eleitoral.
“Tanto
Bolsonaro quanto a esposa não querem que ela se envolva na campanha”, resumiu
um parlamentar próximo ao político carioca. O distanciamento entre Michelle e a
vida pública do deputado seria motivado, em parte, por antigos relacionamentos
do marido. Em seu primeiro casamento, Jair Bolsonaro incentivou Rogéria – mãe
de Carlos, Eduardo e Flávio – a seguir carreira na política. A ex-mulher foi
eleita vereadora pelo Rio de Janeiro em 1992 e cumpriu apenas um mandato.
Em
entrevista à revista IstoÉ Gente em 2000, o parlamentar chegou a afirmar que o
seu primeiro relacionamento “despencou” após a eleição de Rogéria à Câmara
Municipal. “Ela era uma dona de casa. Por minha causa, teve 7 mil votos na
eleição. Acertamos um compromisso. Nas questões polêmicas, ela deveria ligar
para o meu celular, para decidir o voto dela. Mas começou a frequentar o
plenário e passou a ser influenciada pelos outros vereadores”, disse.
Replicado ( Illumina Brasil Fronteira Sul ) A.D.B .^.
Replicado ( Illumina Brasil Fronteira Sul ) A.D.B .^.
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