A cúpula nacional do PP (Partido Progressista) oficializou na terça-feira (3) as mudanças previstas no comando da legenda em Mato Grosso do Sul, colocando ponto final nas divergências internas que estavam comprometendo o desempenho partidário.
Com a determinação, o deputado estadual Evander Vendramini assume a direção regional da legenda, provavelmente na semana que vem, em lugar do ex-prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal.
A decisão de trocar o comando partidário se deu durante reunião entre o presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira (PP-PI), e os principais expoentes do partido no Estado – Vendramini, o deputado estadual Gerson Claro e o vereador Cazuza, da Câmara de Campo Grande.
Também participaram do encontro, em Brasília, o deputado federal Ricardo Barros (PP-PR), tesoureiro, e o secretário-geral do diretório nacional, Aldo Rosa.
Além da troca de comando, o encontro serviu também para os dirigentes progressistas discutirem o futuro do partido no Estado com vistas às próximas eleições municipais.
A ideia do partido é lançar candidatura própria à sucessão do prefeito da Capital, Marquinhos Trad (PSD), além de disputar prefeituras em cidades consideradas estratégicas no interior do Estado, conforme confidenciaram ao Conjuntura Online interlocutores do partido, que tem a terceira maior bancada na Câmara dos Deputados.
A ascensão política de Vendramini em âmbito partidário já era dada como certa devido ao seu bom desempenho e ao poder de articulação na Assembleia Legislativa, onde exerce seu primeiro mandato, a exemplo do seu colega Gerson Claro, integrante da CCJ (Comissão de Constituição,Justiça e Redação), a mais importante e cobiçada entre os 24 parlamentares da Casa.
FALTA DE ESPAÇO
Além do mais, o próprio Bernal já havia se manifestado publicamente o desejo de deixar os quadros da legenda alegando falta de espaço.
Em junho deste ano, o ex-prefeito anunciou que iria deixar a presidência regional do PP e passar o comando a Vendramini. “Se o problema sou eu, deixo o comando do partido”, disse ele.
Bernal disse à época que iria pedir licença da presidência do partido e que não pretendia disputar o comando regional.
“Não vou sair da legenda, mas não irei disputar nenhum cargo, se eles pediram minha saída, então vou conceder esta oportunidade”, declarou.
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