Assomasul
orienta ‘toque de recolher’ nos municípios de MS
Toque de recolher em todo
o estado começa nesta segunda-feira
Willams
Araújo
O presidente da Assomasul
(Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul), Pedro Caravina, orienta
prefeitos e prefeitas a adotarem novas medidas restritivas diante do
agravamento da crise da pandemia da Covid-19 (novo coronavírus).
A recomendação de
Caravina, que é prefeito de Bataguassu, é que todas as prefeituras decretem,
entre outras medidas, o “toque de recolher”, seguindo o programa Prosseguir do
governo do Estado.
Assinado pelo governador
Reinaldo Azambuja (PSDB), decreto adota medidas mais restritivas para conter o
avanço da Covid-19 no estado, determinando às prefeituras a impor toque de
recolher entre às 22h e às 5h .
“Os municípios vão fazer
sua parte, mas somente com a conscientização e responsabilidade da população
vamos conseguir vencer esse período difícil”, disse o líder municipalista que
desde o início da pandemia tem alertado os colegas gestores sobre os riscos do
avanço de contaminação pela doença.
Vários prefeitos se
manifestaram favoráveis à medida, entre os quais, Elizangela Biazoti (Juti),
Carlinhos Peregrini (Tacuru), Donato Lopes (Rio Brilhante), Enelton Ramos
(Sonora), Dalmy Crisostomo (Alcinópolis), Éder Uilson França Lima, o Tuta
(Ivinhema), Ronaldo Miziara (Paranaíba), Odilon Ribeiro (Aquidauana), Valdir
Júnior (Nioaque), Marcelo Iunes (Corumbá), Eraldo Leite (Jateí), Buda do Lair
(Rio Negro) e Wilian Luiz Fontoura (Pedro Gomes).
“Pedro Gomes fez novo
decreto em 11/12/2020 estabelecendo o
Toque de Recolher e outras medidas restritivas para o enfrentamento ao novo
Coronavirus - Covid-19. Como sugestão a todos, apesar de estarmos no final do
ano, momento festivo, precisamos muito
dessas medidas, sob pena de pagarmos um preço alto, como perdas de vida”,
sugeriu Willian aos colegas no grupo de WhatsApp dos prefeitos.
Além de orientar às
regras sanitárias, incluindo uso de álcool em gel e distanciamento social, a
diretoria da Assomasul distribuiu entre os municípios 20 mil máscaras (Face
Shields) em parceria com o projeto Corona Vidas Hub Dourados/MS, 500
termômetros e igual número de totens de álcool em gel, cujo dispositivo permite
fazer a higiene das mãos acionando um pedal, impedindo assim qualquer contato
manual com o equipamento.
As restrições, segundo o
decreto governamental, são aplicadas em um momento de grande alta nos casos de
Covid-19 em Mato Grosso do Sul.
GRAU
EXTREMO
De acordo com informações
da Secretaria de Estado de Saúde, o estado ainda possui três municípios com
grau extremo no programa Prosseguir, que mede o grau de risco para a Covid-19
com base em uma série de parâmetros e recomenda a partir da classificação em
bandeiras quais ações devem ser adotadas e atividades podem funcionar --
Naviraí, Amambai e Dois Irmãos do Buriti.
Pelo programa Prosseguir,
apenas atividades essenciais deveriam funcionar nesses municípios, o que não
está sendo seguido pelas demais prefeituras sul-mato-grossenses.
A maioria dos municípios
se encontra no grau alto de risco para Covid-19, de acordo com o programa,
incluindo Campo Grande, Aquidauana, Dourados e Corumbá.
Segundo o Prosseguir,
apenas atividades essenciais e não essenciais de baixo risco deveriam funcionar
nesses municípios. Apenas Três Lagoas, Selvíria, Angélica e Novo Horizonte do
Sul estão com a bandeira amarela, indicando grau tolerável para a doença e
autorizando atividades não essenciais de baixo, médio e alto risco.
Os hospitais nas grandes
cidades do estado também enfrentam dificuldades no atendimento a pacientes com
o novo coronavírus.
No Hospital Regional de
Campo Grande, referência no atendimento a Covid no estado, a situação é
descrita como "à beira do colapso" na segunda semana de dezembro.
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